Falta de delegacias especializadas aumenta violência contra a mulher no Ceará

Uma montanha de processos tramita, atualmente, na Justiça brasileira para apurar crimes de violência doméstica contra mulheres. São, nada menos, que 896 mil processos, conforme dados do Conselho Nacional de Justiça. Na maioria dos estados brasileiros, a falta de delegacias especializadas no combate a este tipo de crime tem sido um motivo a mais para tantos crimes e tantas vítimas. No Ceará, são 21 Municípios com população acima de 50 mil e, de acordo com a lei, deveriam contar com uma DDM (Delegacia de Defesa da Mulher). No entanto, são apenas 11 cidades, incluindo Fortaleza, que prestam este tipo de serviço às vítimas.
A violência doméstica contra as mulheres quando não denunciada e sem resposta das autoridades, evolui para crimes mais graves, chegando, invariavelmente, ao homicídio. “Se essa violência não for denunciada, com certeza a vítima vai morrer”, adverte a promotora de Justiça, Sílvia Chakian, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica, do Ministério Público de São Paulo. Segundo ela, a apresentação de respostas rápidas por parte das instituições é fundamental porque as mulheres continuem denunciando e consigam, assim, romper o ciclo da violência. No Ceará, já foram assassinadas, neste ano, 237 mulheres. O caso mais recente aconteceu na noite de quinta-feira (13), quando uma comerciante foi morta durante um assalto no seu bar, no Distrito de Aprazível, no Município de Sobral. Um crime de latrocínio (roubo seguido de morte).

Número

896 mil processos tramitam na Justiça brasileira para apurar violência doméstica contra mulheres.

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